O verdadeiro ícone do Rasqueado Cuiabano
|
Este repórter com o Mestre Bolinha - Foto: Lenine Martins |
Por João Bosquo | “João Batista de Jesus é o nome mais bonito” quem afirma é o titular, proprietário do nome, conhecido também como Mestre Bolinha, que solta uma sonora gargalhada ao dizer isso, para depois completar “João Batista Jesus da Silva. Eu nasci no dia da alegria, às 8 horas da noite, quando levantavam o mastro na casa de Dona Maria de Ferraz”. Era festa de São João, uma das mais tradicionais da antiga Rua da Fé, atual Comandante Costa.
A música está na raiz, ou mais modernamente no ‘gene’. Filho do lendário Mestre Albertino, músico primeiro sargento do antigo 16 BC, formador de bandas e descobridor de talentos, além de compositor e de Dona Enedina Fernandes da Silva. Bolinha é herdeiro dessa cepa e hoje, aos 74 anos, pode-se ser considerado um dos maiores saxofonistas mato-grossenses e também faz parte da história da música regional.
O primeiro contato foi com a percussão, com o pai, mas depois foi estudar na antiga Escola Agrícola de São Vicente, atual Centro Federal de Educação Tecnológica de São Vicente (Cefet), porque o pai não ganhava muito como sargento do Exército. Pois bem, perto da reforma, o pai Albertino começou a trabalhar na Escola e formou a primeira banda de música. Nessa primeira banda o jovem Bolinha começa aprender a tocar o sax alto.