Ronaldinho

Ronaldinho é uma graça!
Tanto tempo que a galera
Não via algo assim:
Tão valente, tão ágil
Tão voador, artilheiro
Goleador... Tão Pelé

Ronaldinho, que susto
Há tempos que os estádios
Não tremiam de delírios
De êxtases, de gozos
De gols arquitetos...

Ronaldinho é tão menino
Brinca perigosamente
Na pequena área
Tanto cuidado, tão prevenido
De dribles esquecidos

Ronaldinho é tão jogador
Chuteiras (Adidas) são divas submissas
Gramados, capins verdes (Vê-des)
Os anos das copas aos pés crianças
Até a plenitude de Campeão.

Do livro Poéticas Menores & Poemas Controversos (1981-1990)
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><> Este poema foi composto em 1996, quando Ronaldo era Ronaldinho e ainda não era Fenômeno. Muitos agora muitos vão querer sacrificar, e eu quero dizer que continuo fã do futebol de Ronaldo Nazário. É estranho, é, mas quem de nós não tem suas estranhezas escondidas nas profundezas da alma? Atire a primeira pedra.

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