O Quintal na Memória

De onde me encontro,
no banco do ônibus em trânsito,
vejo a manga madura no quintal...
Perpitola na mangueira do quintal
Da casa de minha vó Mariana...

A casa já não existe, o espaço do terreno,
pra horta, galinheiro e chiqueiro;
tudo que fazia um quintal ser quintal
sucumbiu à especulação imobiliária
A casa, o quintal agora resistem
apenas no resquício de memória...

De onde estou, meus olhos desfocados
olham para trás e veem as mangas
como numa pintura de Gervane de Paula.

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