Amei-te
duras vezes
no
porão
escondido
das bruscas
buscas
dos
policiais
Amei-te
duras horas
no
porão
escondido
das buscas
civis
dos bacharéis
Amei-te
puro demais
no
asfalto
brilhante
de medo
dos
dedos dos fiscais
Amei-te
sempre assim
farto
de susto
mudo
e surdo
do
precipício ao fim
Amei-te
sim!
><>Do
livro “Outros Poemas” (1985), edições Namarra.
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