O Trem Doido de Curitiba

Ao poeta L. E. Fachin

O trem pegou a perna dele
o trem doido de Curitiba
o trem sem alma da cidade
o trem que chega sem aviso

O trem comeu a perna dele
mastigou, ingeriu sem pena
o trem que chega sem aviso
e que nunca fugiu dos trilhos

O trem cumpre seu ofício
pega em todas estações
o trem doido de Curitiba

O trem com seus oito filhos
vagões, vem nos seus caminhos
pegando todos nós... Ó trem!

><>Do livro “Outros Poemas” (1985), edições Namarra.

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