A
justiça anula os grampos da operação
Os
grampos estão nulos para efeito de prova
Os
acusados, de antemão, estão liberados
de
apresentarem contraprova de inocência...
Os
grampos, não importa, se a voz do bandido
estava
embargada, desafinada ou a meia voz
Se
a conversa foi a meia-luz, meio na surdina
depois
que o sol se pôs, à meia noite aqui
Os
grampos só trazem vozes que se traem
que
desdizem quanto a moral e bons costumes
quando
todos tentam passar a imagem séria...
Mas
tem muita coisa mais séria ao cair a máscara...
Esse
e aquele outro, não são fulanos?, indaga
o
pagador de impostos. São não. São sicranos
gatunos,
larápios, técnicos em rapinagem,
que
roubam sem revólver, sem traumas e sangue
São
"tutti bonna gente", que não exaltam a voz
mesmo
quando desafiados a provar inocência
em
caso de furto tão mirabolante, de letrinhas
impressas
em contratos assinados em pactos
A
justiça do Brasil, bom que se diga, fez seu papel
de
livrar a cara dos bons antecedentes
filhos
de boa família, para sempre (?). Impunes
vão
aos bares da moda comemorar a sentença.
19 de novembro de 2009
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