João Bosquo - Secom/MT
Tangará da Serra, MT - “Os empresários têm consciência que a falta de mão-de-obra qualificada prejudica o desenvolvimento da região”, afirma a coordenadora de Integração Escola Comunidade, da Escola Técnica Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (ETE) de Tangará da Serra, Kellen Simone Nunes Fernandes Ramos.
Segundo ela, o problema da não-qualificação da mão-de-obra é muito sério e os empresários de Tangará estão engajados em ajudar a superar essa dificuldade.
Como os empresários entram nessa parceria? Kellen Simone diz que os empresários ao assimilar que a ETE é importante para os mais diversos segmentos empresariais são mais acessíveis em proporcionar estágios para os alunos dos cursos que são exigidos.
“Os cursos que precisam de aulas práticas as empresas aceitam os alunos para estágios”. Segundo ela, o aluno formado pela ETE hoje tem a preferência do mercado de trabalho. Enquanto isso, por sua vez, o aluno se sente mais prestigiado, pois sabe que seu esforço em alcançar a qualificação será recompensado.
A Escola Estadual de Educação Profissional e Tecnológica de Tangará da Serra foi criada em 2007, e atualmente oferece 21 cursos entre técnicos e de formação inicial continuada (FIC) e conta com mais de 400 alunos matriculados.
Os cursos mais procurados são os de Segurança no Trabalho, Recursos Humanos e o de Logística. A ETE de Tangará da Serra já conta com muitos casos de sucesso de alunos egressos, como são os casos de Edmar da Silva Brol, 28 anos, e Paulo Henrique Pereira, 23 anos, que estão no mercado de trabalho formal por conta do curso técnico.
O mais emblemático de todos é o caso de Edmar da Silva que, até antes de iniciar o curso de Técnico em Meio Ambiente, trabalhava como vendedor autônomo. Ele decidiu participar do teste seletivo para fazer o curso quando viu uma reportagem na TV falando do lançamento do curso em 2008. Três meses antes de se formar começou a fazer na prefeitura de Tangará e hoje é o responsável pelo Bosque Municipal. No bosque ele trabalha as áreas degradadas, na fiscalização de queimadas e vistoria de cortes e na recuperação e conservação das APP.
Paulo Henrique Pereira fez o curso Técnico de Agropecuária e atualmente trabalha numa empresa na coleta de amostra de solos para análise. Segundo ele, esse trabalho só foi possível porque tinha a qualificação. Kellen Simone diz que esses são apenas dois exemplos, mas que existem outros, sem dúvida. Os empresários preferem os alunos egressos da ETE, pois sabem que tem uma formação de qualidade. Essa qualidade se transfere para o atendimento, na melhoria do serviço e no final quem acaba ganhando é o consumidor.
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