A Poesia Está Aqui


A poesia saiu da lata do computador

meio que sorrateira, meio que no meio da tela

meio que sem inspiração, porém autêntica

sem medo de ir até ao cartório validador



A poesia está na internet, na rede de balançar

na sala de estar, no meio do caminho

lendo, que na hora se lê, Carlos Drummond

e todos os Manuéis: Bandeira, de Barros

que falam Recifes e Pantanais.



A poesia está meio-que de prosa

não nega conversa com adjuntos, verbos

cubos e, mais ainda, com a sólida poesia

de Wlademir que se processa assim-assim



A poesia está na lixeira de Dicke

nos minerais de Silva Freire

nos rios e nas gentes – todas as gentes –

no fim de tarde, aqui mesmo, em Cuiabá.



Do Livro "Seleta Cuiabana - Cinquenta Poemas que Falam Cuiabá" página 19

#SeletaCuiabana

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