Estou
morto; sei,
não parece, mas estou
Morri
na hora que, aos poucos,
perdi
a esperança que me aconselhava
em
ver o homem se revelar humano
Estou
morto, um pouco mais morto,
a
partir da hora que sai de mim
e
me perdi em alucinações, querida,
e
querer saber mais ou menos de tudo
Estou
morto, um pouco menos,
não
importa, desde o momento atroz
quando
ouvi que sou um ser sem voz
Estou
morto, a certidão confirma:
O
poeta aqui jaz, na folha em branco,
sem
nenhum traço de poesia ou luz.
2003
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