Fulana

Quem amou essa fulana
Amou, sentiu o gosto doce
Gostoso de fazer amor

Essa fulana
Deixa qualquer um louco
Ardente de tesão...

Procuraram por ela, noite e dia
Nos pontos equidistantes
Das cidades, do país, do planeta

Procuraram nos porões dos navios
No subterrâneos dos metrôs
Nos cabarés, nos templos e monumentos...

Quem amou essa fulana
Amou do bom e do melhor
Sentiu o gosto da pele
Do suor, dos líquidos, dos fluídos...

Essa fulana
Fugiu por entre as pernas
Dos abraços e embaraços


Não encontraram saída...
Sairam em seu encalço
Procuram nas revistas, nos catálogos
Nos índices remissivos
Apaixonados, cegos apaixonados,
Não a encontraram

Essa fulana
Tem os segredos do amor
Das carícias, dos gestos
Mais alucinantes
Que somos incapazes de imaginar
Ela mexe com os músculos
Com a aorta, com os dedos
Com os segredos dos nervos

Quem amou essa fulana
Não é capaz de esquecer
é uma fulana sem páreo, sem similar.

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