E agora, Carlos, e agora?
O que podemos fazer na ausência,
sem tua prescrição poética, diga
com sinceridade, o que fazer?
Há um retrato torno na parede,
sem dúvida, mas o retrato só
traz lembranças que dói, como dói,
e nenhum farmacêutico tem a cura
Se existe em mim essa vontade
de fazer poesia como Drummond;
essa vontade nasceu de ti, Carlos,
quando li: “fosse eu rei do mundo...”
O que podemos fazer na ausência,
sem tua prescrição poética, diga
com sinceridade, o que fazer?
Há um retrato torno na parede,
sem dúvida, mas o retrato só
traz lembranças que dói, como dói,
e nenhum farmacêutico tem a cura
Se existe em mim essa vontade
de fazer poesia como Drummond;
essa vontade nasceu de ti, Carlos,
quando li: “fosse eu rei do mundo...”
És, Carlos, composição perene,
presença viva, embora sem olhos,
sem veias grossas, transpirando
poesia e a tudo, Carlos, penetra
E todos que leram uma letra (que for)
dos teus versos carregados de amor,
de sentimento do mundo, de certo diz:
Vai, Carlos, vai ser anjo no céu!
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