Nesta Baía de Chacororé, antigo mar,
havia
– do tempo de ter – um peixe sabido
e
fugia dos anzóis e tarrafas traçadas
Ele
ensinava – que a vida é ensinar –
os
lambaris e outros peixes menores
como
se safar das armadilhas do destino
Esse
peixe sabido sempre nadava
rio
abaixo com as próprias nadadeiras
sem
jamais sonhar rio acima ou asas
No
trecho de ir e vir – nascer e morrer
em
águas velhas ou renovadas águas –
o
peixe sábio, filho, pai e avô de peixes,
não
se deixa levar pela soberba do saber.
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