Quando, num sonho, viajei pela Espanha
para conhecer João Cabral de Melo Neto,
poeta Pernambuco, Severino, Recife,
constatei que o sonho era coisa estranha
Estranhei que as parlendas espanholas
não tinham rimas, nem quebra-línguas,
menos ainda histórias de toureiros
em arenas sangrentas de saciar gritos
Eufóricos gritos da plateia inusitada
queriam a poesia e o poeta cabralinos
para um fim de tarde inesperado...
Tudo no sonho, bom que se diga, vale
como enredo de um poema bem dito
todavia não consegue se fixar no papel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário