A João Negrão
Vejo alianças nas mãos das jovens médicas que vaiam
Velhos médicos cubanos pretos como nós brasileiros
Netos dos exilados da África em navios através dos mares
Rumo aos berços de todas as nações das quais pertencemos...
Não quero, porém, falar de negros, navios ou exílios tristes
Mas, sim das alianças nas mãos das médicas que vaiam colegas:
Ao ver as fotos, que prenunciam que as jovens podem ser mães,
E me pergunto, pois perguntar é meu ofício: que sentimentos,
Velhos médicos cubanos pretos como nós brasileiros
Netos dos exilados da África em navios através dos mares
Rumo aos berços de todas as nações das quais pertencemos...
Não quero, porém, falar de negros, navios ou exílios tristes
Mas, sim das alianças nas mãos das médicas que vaiam colegas:
Ao ver as fotos, que prenunciam que as jovens podem ser mães,
E me pergunto, pois perguntar é meu ofício: que sentimentos,
Que sentimentos guardarão os filhos dessas jovens médicas
Ao verem, como aqui vejo, as fotos das mães, eivadas de ódio,
Vaiando pessoas, seres humanos, colegas? Por que, mãe?
Ou, inicia-se um trabalho, trabalho árduo de queimar os arquivos,
Esconder essa vergonha para que filhos e netos jamais possam
Ver tal delito e não ter como perguntar por que praticou infame
ato?
2013
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