junice,
não entendo teu peito
sou
brasileiro, não te entendo
brasilidade
não basta,
é
preciso algo mais:
assim
como ser faraó,
adivinho
ou menino
adivinho...
é muito complexo;
menino...
não sonho mais;
faraó...
séculos já passaram
junice,
não entendes meu peito?
ele
é tão cuiabano calado,
sentado
à tarde no quintal,
esperando
histórias de fantasmas
que
minha avó não conta mais.*
* Em
Cuiabá, quando ainda não se tinha a televisão, as crianças
sentavam em torno das pessoas mais velhas para ouvir histórias,
fantásticas histórias de bichos encantados, espíritos,
assombrações e fantasmas.
Um comentário:
Excelente poema, João!
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