Tirem
as crianças da sala
Para que não vejam na cara
Do poeta esquecido
A lágrima cristalina
A lágrima mais legítima
Dos olhos de dor, Dora
Dura, veja, uma eternidade
Para nascer, viver, morrer...
A lágrima que legitima
A dor real é velha conhecida
Do poeta desacreditado...
Para que não vejam na cara
Do poeta esquecido
A lágrima cristalina
A lágrima mais legítima
Dos olhos de dor, Dora
Dura, veja, uma eternidade
Para nascer, viver, morrer...
A lágrima que legitima
A dor real é velha conhecida
Do poeta desacreditado...
–As crianças, coitadas,
não devem beber a dose
desse cálice de dor da solidão.
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