De Madrugada

Quando acordo de madrugada
fico ouvindo no silêncio
os ruídos, pequenos barulhos
que são produzidos lá fora

Os barulhos de passos de insetos,
minúsculos bichinhos,
e de folhas que caem ao vento
docemente até o túmulo chão


Sons, esses traços barulhinhos,
de coisas mínimas e bichos inferiores
os meus ouvidos captam

Ao ruído da grande máquina,
que mói os seres humanos, eu fico
surdo e concentro-me no mínimo.

02/12/2003