Numa rua transversal
estreita e torta
vê-se uma criança
triste e morta
sorrindo carinhosa
implorando misericórdia
Mas... sempre o mas,
ninguém se importa
nem eu, nem você
nem eu, nem você
nos damos ao trabalho
de cavar uma mísera cova
de cavar uma mísera cova
e deixamos o corpinho de anjo
no chão amanhecer
apodrecer pros urubus.
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