A minha língua, até onde posso
imaginar,
É a mesma língua falada por minha
mãe...
Foi ela que me ensinou: “benção,
mãe”
E de
pronto
respondia: “Deus te abençoe”
Mais
tarde, no correr da vida, outras
línguas
Dos guris da Rua da Fé, Travessa Dão
Bosco
Campo D’ourique das peladas e soltar
pandorgas
A primeira língua estranha foi da
Escola
Que juntava letras sinais, ditos
fonemas,
E alfabetizava todo mundo, menos Dora...
A língua é viva: ela se move bem
devagar
Se moldado ao jeito de ser de um povo
De muita gente que se junta pra ser
povo...
E gramáticas lutam para a língua se
imobilizar.
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