Minha
poesia
anda
meio afrescalhada,
meio
purpurina, alegoria
Minha
poesia
só
quer saber de andar
no
meio da rua,
farol
forte
e salto alto
Minha
poesia
não
fala de gente,
de
pessoas,
meninos
de rua,
de
passeios de mãos dadas
Minha
poesia
anda
meio esquisita,
social-democrata,
meio
mulatinha,
um
pé na sala, outro na cozinha
Minha
poesia
acorda
bem cedo
brincando
que é séria,
nem
dá bom dia pro padeiro
Minha
poesia,
tem
dia acorda macho
outro,
meio feminina
(Quem
entende? Ninguém!)
Minha
poesia
é
meio cuiabana,
meio
modernista
(Vê
se'stou na esquina?
Cartão
postal, telefônico,
de
crédito Visa... Credo cruz!)
Minha
poesia...
Quer
saber de uma coisa?
Minha
poesia
tem
uma puta freguesia.
Poema declamado no evento 2º EdiçãoArte - Os Jornalistas revelam seus talentos, em 09/06/1994
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