Ainda
que tudo desintegre
Desmorone,
desmanche
Na
poluição funesta
Ainda
que todos se calem
Desliguem
os rádios
E
esqueçam a música
Ainda
que prostrem os risos
Do
começo, do meio e do fim
Sem
ter havido comédia
Ainda
que esqueçam da chuva
A
chuva da água esqueça
A
água esqueça os mares
Ainda
que a bomba A exploda
E
destrua tudo com sabor
Restará
uma semente de flor.
><>Do livro "Abaixo-Assinado" (1977), em parceria com Luiz Edson Fachin. Publicado originalmente no suplemento Texto Prosa & Verso, do Eco/Um, de 05/10/1975.
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