Qual
caminho seguirei
que
rumo na vida
tomarei
diante tal fato?
Não
posso pegar na metralhadora
não
posso correr por entre farpas de arame
se
dispensado fui do Exército
Estão
patentes os fatos:
Mendigos
mendigando
entre
lixos formam moradias
nas
calçadas corpos estendidos
Poesia,
por mais lírica,
não
ameniza a vida
mesmo
que diante tal fato
ela
se encontre
Se
eu calar
covarde
serei
Covarde
serei
por
não tentar despertar
as
pessoas do sono
que
agora dormem
Covarde
serei
se
abandonar a tocaia
ao
amanhecer do novo dia
(dia
da bonança)
e
desejar a todos: Bom-dia
(Os
homens estão acordados
estão
sorrindo, estão dando as mãos,
estão
encarando, estão cara a cara
diante
tal fato.)
No
momento
nada
é mais que sonho
Minha
poesia de tocaia
na
esperança de desejar: Bom-dia
dia
que não precisaremos de caminhos
dia
que não haverá caminhos
por
que todos os caminhos
será
um só caminho...
Agora,
porém agora
Preciso
achar o caminho mais fácil
de
chegar aos corações dos homens...
-
Ensina-me Rosa dos Ventos!
><>Do livro "Abaixo-Assinado" (1977)
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