Quando chegamos a bom porto, Cuiabá,
Chapada, Pantanal
O barco sempre solícito para nossa
partida e as palavras,
Às vezes vorazes, escassas em outros
dados momentos,
Sucumbem ao novo cenário que não
estava na lembrança
As lembranças imediatas são as vielas,
ruas e becos.
Da antiga capital cidade verde que morre
ao pôr do sol
E que nos remete para outra certeza de
amanhecer
De outras paisagens, paredões, desenhos
campestres.
Pássaros de asas coloridas e bicos de
pronto eficazes
Como os peixes nadadeiras que sobem e
descem o rio...
São essas espécies guardadas nas
lentes de nossas retinas
E nos garantem que somos todos de um
mesmo plano
Ao abrirmos os olhos, eternos olhos,
depois da desencarnação.
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