Café do Ano Novo

Estou aqui. Bebi o café quente do ano novo,
lembrei-me de pessoas e dum livro de poemas lidos
quando queria ficar triste, mas alegre permaneci
olhando para fora da janela do próprio tempo

Contar o tempo quando se vê no espelho do banheiro,
ao fazer barba de pelos brancos, é obrigação diária
sem se exaltar, sem desespero, sem indignação vária

Estou aqui, neste mesmo recinto que me verá
quiçá, centenas de anos, procurando palavras
nesta inglória luta com a linguagem materna
entre o sentir e o papel em branco de poesia...

Este meu recinto, sinto, precisa de limpeza interna:
menos egoísmo, mais compaixão e decisão na busca
pra superar o Pantanal desta minha humanidade.

#ImitaçõesDeSoneto

Obs: Com este poema nos finais de ano, nas redes sociais, desejo feliz ano novo.

2 comentários:

Oscar Calixto | Blog Dois Pernods disse...

Bacanérrimo, amigo!

Unknown disse...

Acompanho esse jornalista e poeta desde os tempos em que Ele foi diretor do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso. Época que Bosco já carregava seu caderninho de manuscritos poéticos. Parabéns, feliz Ano Novo e um forte abraço.