Vende-se
poesia barata. Não precisa de cartão de crédito,
nem
saldo bancário estimado, ou subestimado, saldo nenhum
Vende-se
poesia sem domicílio, sem grandes pretensões literárias
com
guard rail
para segurar quaisquer devaneios
Minha
poesia não busca os grandes leitores,
os
iniciados na poética do século 21, ou do século passado
Minha
poesia não irá, garanto, para as antologias,
pros
gabinetes literários ou para estantes das bibliotecas seculares
O
que minha poesia busca (alguma coisa há de buscar)
é
o leitor desocupado no fim de tarde, cansado do trabalho,
e
ler que a poesia é fácil de ser consumida,
não
como consolo, mas com a proposta de saber
Saber
que o homem é explorado pelo capital sem alma,
que
por essência sempre objetiva o lucro,
jamais,
tempo algum, o bem estar coletivo...
A
poesia é isso: procura encontrar-se em si mesma,
mas
pode se confessar fora de si, enquanto poema.
#Despedidas
#PoemasDeVolta
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