Tudo
envelhece antes de morrer
Essa é a cronologia,
ante a última de todas as etapas
A criança corre no parque
brinca sob o olhar da babá
O sol transcorre por conta
do movimento de rotação
da terra que se movimenta...
O pássaro pia, canta, gorjeia
chama e denuncia: “Bem-te-vi!”
mas não enxerga o tempo
com os mesmos olhos que os meus
Meus olhos precisam de auxílio,
lentes, sem as quais não vê
um palmo além do nariz
Essa é a cronologia,
ante a última de todas as etapas
A criança corre no parque
brinca sob o olhar da babá
O sol transcorre por conta
do movimento de rotação
da terra que se movimenta...
O pássaro pia, canta, gorjeia
chama e denuncia: “Bem-te-vi!”
mas não enxerga o tempo
com os mesmos olhos que os meus
Meus olhos precisam de auxílio,
lentes, sem as quais não vê
um palmo além do nariz
Tudo que é velho precisa morrer...
Esse preconceito precisa ir na frente
pra quando eu chegar na vez
possa estar despido dele
Tudo que é velho precisa morrer...
A criança, um dia, amanhecerá velha
cumprindo os desígnios do tempo...
(O tempo, ah!, o tempo, esse é velhaco,
Não
envelhece, pois é dono de si.)
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